segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mais uma vez, um pouco de cada vez;



Tô querendo saber por que o tempo passou tão rápido, tem algum voluntário aí pra tentar me explicar? Eu tenho lembranças tão próximas de janeiro, de fevereiro, de fatos que passam repentinamente pela minha cabeça numa tarde qualquer sobre março, o inverno ali em junho, o frio que também chegou em julho, o quanto chorei em agosto, o tanto que eu sorri em setembro e lutei em outubro, passou novembro como trem-bala e agora tão inesperadamente me vejo sentada na cama, em dezembro com os olhos cheios de lágrimas, aliás, cheios até demais. Odeio ser tão nostálgica.

Estou quase fechando o ano de 2011 com muita, muita, muita história pra contar, com sentimentos na gaveta, com amor a luz de velas, com desilusão no chuveiro, com metáforas desenhadas à lápis de cor e respiração eufórica, como quase todo fim de ano. Larguei na estrada aquela preocupação que não me deixava viver, e agora respiro paz, me mutilei um pouco por meses e esperei que me amassem tanto quanto eu sou capaz de ceder amor e confiança. Treinei como enfrentar dragões, feras e más línguas, liberei pessoas que me faziam mal, e implorei que algumas ficassem mais um pouco mesmo sem condições de suportá-las por mais. Das vezes que deitei como criança e chorei como bebê, por esperar demais um abraço que nunca viria, um sorriso no qual eu lutava e uma amizade que demorou pra chegar, mas veio. Dividi àqueles segredos que estavam me deixando reservada, sorri escondendo milhões de lágrimas e angústias e pedi para que algumas pessoas passassem, ou que nem viessem, descobri o quanto eu posso ser mais eu, que eu posso ir e voltar e ir de novo e continuar tendo um coração meio bobo, tenho aquela armadura por fora, pra cobrir aqui dentro a moleza e a carência de querer um cafuné de madrugada.

Vejo passar por mim toda mera lembrança, pequena ou grande e milhões de mudanças nessa cabeça de fases, nesse meu olhar confuso e ideias, e mais ideias, e mais ideias que me matam por dentro e me resolvem aqui fora, e me passo por cara-de-pau, sincera, conquistadora, batalhadora, sentimental, chorona, maluca, inteligente, conselheira e mãezona, muito, muito mãezona e carinhosa com aquelas almas grandes que alimentam todas as minhas vitórias e que no fundo mesmo não demonstrando, me admiram e me querem por perto. Mudei de pensamento tanto quanto mudei de roupa e troquei de ações tanto quanto conheci pessoas novas, e tive a coragem de mudar, de dizer que vou embora e que não quero mais voltar e não voltar mesmo, evitar, e não ir atrás, e cair por ser orgulhosa e ter que pedir desculpa meia hora depois, e chorar escondida como todo mundo sabe que acontece, e passar noites e noites sem dormir, por preocupação boba, pela rotina que cansa, ou pela paz de espírito que era tão paz, que já não me deixava descansar, quem sabe por querer sempre mais.

Vitoriosa que sou por pequenas conquistas, luto para ser tão grande quanto àquelas pessoas que eu admiro em pensamento e tanto invejo, e tanto prospero e tanto peço parar ser igual um dia, e ter a força de vontade de nunca desistir na primeira recaída, na segunda chance de emprego, caso eu também não passe no vestibular ou tenha de terminar um namoro, é ser forte reconhecer um erro, perdoar e querer ver o bem de pessoas que ao invés disso, não dão a mínima para os meus problemas. Adoro de um jeito incondicional olhar meu ano pela arquibancada, ver todas as pessoas que eu ouvi e aquelas que não me arrependo de ter dito para parar, de dar um beijo de despedida e voltar mais tarde para ver se precisa de cuidados, de cuidar das minhas amigas como se fossem minhas irmãs e pedir ajuda sem medo de ser julgada, admirar meus pais e saber que há muita luta por trás de todos aqueles conselhos muito bons e muito indispensáveis, torcer para que toda a família continue se reunindo nos natais, nos anos-novos e que nada mude muito no próximo ano, para que ainda haja alegria de querer se viver e querer se doar à novas pessoas, e conhecer novas almas que alimentem todo nosso espírito de boa vizinhança ou caridade.

Ver amigos de escola se tornando pessoas que não te abandonarão caso a faculdade chegue, que mesmo em outro bairro, ou cidade ainda mandam notícias e querem te ver, e notam se você mudou a cor do cabelo ou está mais rude, agradecer por quem me faz mais mulher e quem deixa de me tratar como ignorante e passa a me ver como racional demais à olhos tão brilhantes, me deixo orgulhar pelos ventos que escolhi e os labirintos que entreguei e mesmo sem sair, ainda sim venci. Que eu possa amarrar milhões de fitinhas coloridas na minha calcinha, e continuar pulando as sete ondinhas sem pedir muita coisa e sem prometer emagrecer e não cumprir. Largar de mão de sonhos que já não cabem mais aqui dentro, que já não fazem mais parte da vida e começar a escolher caminhos ao invés de apontar direções, seguir firme mesmo com tantas pedras no caminho e dizer a verdade por mais que doa a quem doer, e ainda sim pagar pelas consequências - aliás, todas elas. E poder deitar a cabeça no travesseiro no dia 1 de janeiro e não arrepender-se de nenhum pensamento que passou por aqui e te fez arrepiar, nenhuma aventura que ferrou com teus dias e nenhum ato que te trouxe várias consequências, aprender que confiança se conquista aos poucos e se destrói rapidamente, e que separar corações, assim como distinguir gostos serão necessários daqui pra frente.

Fechar com chave-de-ouro qualquer bronca, ou dica sábia e não me arrepender de brigar com algumas pessoas e expressar minha opinião ou carisma com alguém que eu nem se quer sabia que eu poderia conhecer ou voltar a conversar. Esquecer as parafernálias antigas e tocar o barco, sem medo da correnteza. Que 2012 seja repleto de amor, carinho, entusiasmo, energias positivas, paz, espírito, delicadeza, sinceridade, amizade, compreensão, amor próprio, reflexão, erros, acertos, comemorações, dinheiro, harmonia, esperança, criatividade, paciência, lembranças e muitos, mas muitos sorrisos!!!

Quero todos vocês - meus amores mais lindos - comigo em 2012 me mostrando que mesmo as coisas sendo difíceis, elas se tornam mais fáceis quando eu tenho vocês. I love you.

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