quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Aptidão;


Nasci com um certificado de aptidão para ser boa demais em mais que diversas situações - e ainda não aprendi se isso é bom ou ruim. É aquele dom de perdoar por mais que o erro seja imperdoável, sabe? É aquela mania de correr atrás por mais que a culpa não seja tua, mania de tentar fazer o impossível para agradar gregos e troianos e no fundo não agradar ninguém e aí é que está o ruim de toda essa qualidade, decepcionar-se sem querer, sem ver, sem que os outros vejam que teu sorriso nem sempre significa estar feliz.

Os bons humores diários que me desculpem, mas até o mais sorridente de todos esconde mágoas e feridas, a diferença é a forma na qual você - ou eu - escondemos. Largar a xícara de café quente, abrir a janela, comprar roupa nova, estudar matemática, rasgar o vestido, cortar o dedo, errar na vida, tudo tem lá seus motivos para acontecer, assim como quando as pessoas entram na minha vida. E é nesses trancos e barrancos e afundos que eu quero achar uma explicação pro meu dom de ser assim: olho no olho, sorriso com sorriso, mão com mão, coração por coração, vitória com vitória, dor por dor, lágrima por lágrima, amor somente se for por amor. 

Aquela ânsia de curar machucados que não são meus, que eu mesma desconheço o autor, a obra e até mesmo a bibliografia para tantos cortes em corações que já passaram por mim e os deixei ir pelo simples fato de que a minha missão já estava cumprida. Quando eu deixo que vá é porque eu não espero uma volta, eu não espero um relampejar no meu espelho com alguma imagem de salvação, não espero uma pedrinha batendo na minha janela em meio a madrugada com serenatas, declarações de amor e buquês de rosas, porque cada ser, cada pedacinho de alguém tem razões para ir, seja para longe, seja para aqui do lado, desde que seja para ir e deixar pra trás acontecimentos que por mais perfeitos que foram, somente foram e hoje estão nas gavetas de guardar jóias, de guardar rabiscos e até quem sabe de não guardar nada.

E por mais que, a casca seja dura, e o coração feito de aço - ou não - essa aptidão de saber lidar com tantas batidas acaba de me adoecer quando chega no final, por salvar tantas energias, eu acabo dando pequenos pedaços de mim à todos aqueles que viraram a esquina, sentaram no muro logo na outra quadra, deixaram o fio arrebentar, cortaram o elástico e o cordão umbilical e sem satisfações fecharam as portas da amizade sem deixar bilhete, assinatura, carimbo ou muito obrigado. Fui anjo - e ainda sou - pouco serena, muito indócil, complicada, preocupada, cheia de manias e afins. Subi em milhares de pódios, levantei troféus, beijei medalhas, abri champanhes, mas também fui embora, sem querer, sem ter a intenção, sem querer machucar, dando beijinho na testa, olhando no olho e largando da fonte que me alimentava. Fui pois, não importa se eu nasci com cartazes mostrando que sou boa demais, não importa o número de pódios no qual eu subi, nem o diploma assinado e carimbado explicando minha aptidão para perdoar, enamorar, sonhar, pedir perdão, correr atrás, lutar, e determinar regrinhas e sentimentos aos meus pequenos seguidores de vida, eu fui porque no fim da jornada ninguém estará lá para me zelar, as pessoas que eu mais amo, mais quero ao lado, mais desejo, mais sonho também tem outros sonhos e linhas de raciocínio, eu sei que isso não significa que elas possam ir embora, mas é dessa forma que a razão ensinou para evitar cortes profundos. 

Mas, que venham mais cortes, que eu possa enfrentar o que for para ninguém tirar de mim essa essência, que pode me fazer sofrer mas, nada vale mais a pena do que ensinar que a vida pode ser mais fácil, que o mundo tem sentimentos, que corações de verdade não são encontrados em pontos de ônibus, que dar a mão e olhar no olho ainda vale mais que beijos e crises de ciúmes. Que estar junto de quem se ama vale muito mais do que sonhar com o que poderia ter sido e não foi, então não deixe que te digam o que é certo se o teu coração ainda não provou, aprovou ou reprovou certas crises existenciais que seu racional dá.  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

You can fly;



Queria fazer com que todas pessoas pudessem sonhar como eu sonho - e desacreditar também - até por que é tão bom imaginar, ir além e não pagar nada por isso. Deixar de lado os pensamentos negativos e idealizar a vida de uma forma diferente de que ela realmente é, não só para ter um super tombo quando acordar, mas também para melhorar em aspectos que não nos damos conta. É tão gostoso dormir imaginando que aquela pessoa está do nosso ladinho, fazendo cafuné e esquentando nossas costas, é tão bom sonhar com uma nota super alta na prova de matemática ou com o seu nome na lista dos aprovados do vestibular, é quase automático o sorriso no rosto e o coração disparado. Momentos como esse que nos ajudam a imaginar como seria cada situação e cada ação do nosso corpo por mais pequena que seja, também interferem na nossa forma de mentalizar as coisas. "Eu quero, eu posso, eu consigo..", e é assim - ou quase - a Lei da Vida. Você se esforça, você quer, automaticamente - ou não - você passa a conseguir.

Só não te deixo imaginar você ser quem você não é, sabe por que?

Por que é tão bom ser a gente mesmo em qualquer hipótese! Por que é tão satisfatório que as pessoas nos admiram por aquilo que a gente é você gostando ou não, concordando ou não com qualquer atitude, ou erro que você já cometeu. É nessa hora que eu, você e qualquer outro ser-humano que tem uma mente conturbada sonha em pegar um balão gigante e sair voando por aí, por que eu tenho O sonho de conhecer novos cheiros, assim como morro de vontade de sentir outros lugares como se as coisas fossem eternas, e eternidade por eternidade eu já estou cheia de loucura mesmo.

Sonhar com aquele super abraço quando o coração tá doendo, quando se está cheio de dengo aqui e não se tem ninguém para aquele cafuné, e te agoniza saber que com relação a isso a solução é deitar a cabeça no travesseiro, ligar uma música bem alta e deixar que as coisas no subconsciente se acertem. Eu amo deixar as coisas no subconsciente, tenta vai! Parece que não se tem problema, que não se tem sentimento e que as coisas só precisam ir, sem rumo, sem destino, sem porque.

Você pode deixar que seus sonhos morem em uma casinha e que tenham vida própria, você pode viver na ilusão de que tudo dá certo e pagar o preço para se desiludir e começar de novo, aliás é tão bom começar de novo com uma certa carga de negatividade. Desconfiar é bom quando se sabe a medida certa, rir é bom quando se sabe quando parar, tudo tem medidas - sonhar também. Mas não deixe que lhe digam que não vale a pena correr atrás daquilo que se quer, a grande etapa entre o sonho e a realidade é o passo da luta, concretização. E depois tudo se algo ainda insistir em dar errado, você paga o preço e atua de novo, nesse 'meio teatro, meio circo'.


Nada melhor do que café para esquentar as ideias, amolecer coração, deslocar o desagradável dos centros das atenções e colocar de novo com uma pitada de pensamentos racionais. Você pode voar, mas só se você acreditar que você pode, você pode amar, mesmo que nem sequer seja amado, mas você precisa acreditar. Os sonhos tornam-se mais reais para àqueles que acreditam.  

domingo, 29 de abril de 2012

Anjo

Te conheci e não foi porque eu quis, eu simplesmente fui obrigada a te conhecer sem mais, muito menos. Te conheci no momento em que eu estava totalmente estabilizada emocionalmente e você me deu brilho, como as estrelinhas que a gente costuma analisar no céu, foi por obra do acaso, ou por que você precisava. E te descobri como ninguém nunca descobriu e também não foi por que eu quis, você chegou e não quis ir embora, e com o passar do tempo quem não te deixou ir fui eu, teimosa e orgulhosa como sou, te prendi aqui sem arma nenhuma, a não ser que você chame de arma fatal aquele meu olhar por baixo que eu faço logo que você faz bico e me manda parar. 

Você surgiu, mas não deveria. Você veio para me mostrar que não importam as diferenças, ou as igualdades, existirão exceções que fugirão à qualquer regra e eu terei de seguir isso, você veio para me mimar e tirar aquele vazio das tardes de domingo com um bom jogo de futebol e muito cafuné. Eu não quero desgrudar de ti nem mesmo no telefone, quando passamos 4 horas sem falar absolutamente NADA por que pegamos no sono. E ter um medo incontrolável de não ser diferente aos seus olhos e te ver indo embora como eu já presenciei certas vezes, com outras almas. Te ver chorar e ter crises de raiva por que isso é tão de você, e te implorar pra não fumar e que eu vou ficar bem, muito bem. Eu quero ser sua até quando a vida permitir por que eu cansei de ilusões, por que eu e você sabemos que sofrer dói tanto, que fomos obrigadas à dar uma chance à tudo. Eu não quero chorar por medo de ficar sozinha, então quando eu estiver manhosa não fala nada, só me beija.

Vestir teu moletom, pegar teu chinelo, comer lasanha de queijo e passar a tarde inteira deitada deixando meu cheiro no teu travesseiro, imitando um milhão de animais, jurando jamais sair do teu lado e me fazer de louca caso qualquer garota ouse atrapalhar o Império que eu estou criando. Sou sua princesa, mas também tenho meus escudos, tenho minhas birras e sou forte como um guerreiro, capaz de te arrastar pelos quatro cantos do meu mundo, caso você pense em cair. Te levar pro meu Reino, te beijar por inteiro, te sentir por completo e beijar a ponta do nariz por questão de segurança e conquista. Fazer reprisar todos os momentos e contar cada pedacinho da minha história para que tudo seja novo, sem falsas esperanças e super-bonder estragado. Te entregar minhas relíquias e minhas lembranças sem medo do que você fará com as mesmas e deixar que o vento nos leve para onde devemos seguir. 

Ver a mudança em teus olhos representa que a minha sensibilidade te ganha, assim como já perdi amores e pessoas. Minha loucura te afasta e me aproxima, te conquista e te repulsa, e você me pega no colo para tirar de mim todos meus medos, nervosismos e ansiedades como ninguém jamais nunca fez. Mesmo com raiva me liga, por que preocupa-se com qualquer pensamento errado que passa por essa minha cabecinha dura, e diz que sente raiva, que se sente mal, mas nunca abandona, mas nunca quer ir embora e isso me vence, me conquista, me anima, me dá forças para encarar e enfrentar cada alma do bem que se afasta devido às escolhas (in)Certas da minha vida. E não me arrependo jamais daquilo que me faz bem, daquilo que me brilha e segura as pontas.

Que cada dia seja uma nova experiência ao teu lado, que cada hora deitada no teu ombro seja um risquinho de amor a mais no nosso IPod emocional, que cada música descoberta seja mais uma para tantas outras nossas, que cada foto represente um pouco mais do nosso amor, por que o que eu sinto garoto ou garota alguma pode tirar, nenhuma aliança ou passe-livre são capazes de representar, eu tô falando mesmo é de olho no olho, sinceridade, confiança (por que eu creio em ti mais do que eu nunca fui capaz de crer em ninguém), mas também é medo, insegurança de ser aquilo que eu não vou poder ser um dia, mas sinto que mesmo sendo assim, meio torta, meio perfeitinha, meio palhacinha te conquisto cada dia, todo dia, como se fosse a primeira vez, desde sempre, para sempre meu amor!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Predominância do Vazio;


Muito mais do que saudade que martela aqui dentro, e/ou nostalgia que cutuca aqui fora, memórias que incomodam, que me deixam com a pupila um tanto dilatada e me faz querer voltar não só no tempo, como no espaço, no momento, nos sentimentos que eu tive e que infelizmente pronuncio baixinho que jamais, de forma alguma voltarão. Momentos em que eu fui e nunca mais serei, horas na qual eu senti e pensei raramente vivenciar de novo. Por todas as vezes que eu me impulsionei sem medo da queda, ou da abstinência de sorrisos e sim, do excesso de lágrimas e carência. Não é saudade, é quase um tipo de arrependimento por não ter aproveitado as horas na qual eu poderia me preocupar somente com besteiras. Houve de se passar a época em que eu poderia pensar somente nelas e na comida que ia me alimentar amanhã, arrependimento do tempo em que eu enchia minha cabeça com poucas coisas e deixava vagar por aí coisas que agora eu já deveria estar habituada a vivenciar, tanto no meu cotidiano quanto em qualquer pedacinho do meu mundo.

Eu quero mais preocupações bobas - caso ainda haja lugar na minha rotina - e quero mais chiclete com sabor de ser adolescente sem precisar crescer e ter responsabilidades ainda maiores do que apenas passar no vestibular. E não precisar pensar que é dever/ e extrema obrigação minha - somente minha - enfiar a cara nos livros (como num termo muito 'sujo') e somente tirá-las quando aquela experiência já passou a ser mais uma preocupação boba e deixar por assim seguir o ritmo. Odeio deixar, ou até mesmo ver as coisas seguirem um ritmo, adoro mudar, sou distante e tão próxima que deixo que as pessoas se surpreendam primeiro para eu mostrar que aqui dentro de mim tudo é tão simples quanto processos químicos, ou orgânicos - e até mesmo matemáticos. Odeio sentir falta, admitir que amadureci, por que tanto eu quanto qualquer pessoa que me conheça mais do que 50% sabe, de trás pra frente que só consigo ser adulta pela metade, outra parte de mim ainda permanece na infância e me orgulho quase por todos os lados disso, a não ser a parte em que me passo de inocente e me aborreço por pouco.

Encaixo dentro de cada semana turbulenta uma nostalgia, daquelas que qualquer um é capaz de sentir, mas eu intensa que sou, hei de exagerar todas as vezes um pouco mais. Nostalgia do frio do inverno do ano passado, o chá bem quente, a chuva bem fria e um sentimento de preocupação besta, com uma pessoa qualquer que fez meu coração pirar. Eis a dica: não deixem que ninguém jamais pire com seu coração, há preocupações ainda maiores do que quando alguém cutuca seus sentimentos e cria ali constantes borboletas no estomago, e isso... Não é legal. Mas, sinto falta e me preocupo em não mais ser alguém que vê do mesmo ângulo de antes, com as mesmas proporções e tipos de encaixe, sinto tanto em mudar, que não vejo a hora de sacudir a poeira de novo para ser aquilo que Eu - eu mesma - jamais sonhei em me tornar. Falta do que eu não fui, do que eu não serei, e temer por aquilo que tendo a chegar a ser, com todo esse peso e ar de superioridade que me afunda às vezes, tanto quanto me leva para as margens de um riacho qualquer.

Aposento minhas falas bonitas e aproveito para apreciar todas as ações, esclareço minha cabeça de toda saudade e passo uma borracha em tudo que já foi passado e não me acrescentou em nada, guardo algumas lembranças no meu HD para poder recapitular quando o sofrimento chegar, mas não me deixo vencer por nenhuma fraqueza de querer ser e não poder por medo de tentar. Sou tão forte tanto qualquer material metálico e cabeça super dura e corajosa, o único defeito desse dragão nem tanto feroz é que algumas fagulhas de vidro lá de dentro, ainda rasgam camadas essenciais aqui fora.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Inconstante;



'Não me olha desse jeito', 'quero teu abraço', 'me segura firme?', 'me leva pra longe?', 'me faz companhia?', 'salva minha madrugada?'. Eu juro por essa minha cabecinha que eu gostaria muito de te fazer outras milhares de perguntas sobre coisas que você não responderia, ou não saberia como reagir, a partir dai, eu só pergunto se está tudo bem, e não me contento, mesmo sabendo que deveria. Eu também queria saber muito mais da tua vida, se você não resolvesse sumir quando as coisas estão boas, e mesmo que eu me esforce você some e eu peço para que isso não aconteça de novo, pode ser por horas, por um final de semana, ou por dias. É um sentimento difícil, mas eu não quero falar, eu ficaria muda o tempo inteiro - e olha que, isso é desafio para mim - se eu pudesse estar contigo por algumas horas.

Nunca fui tão eu, e nunca controlei tanto o que eu ia falar, escrever, apagar, digitar, pensar, parar, tomar um ar e depois voltar à responder, não saber exatamente o que se passa por dentro dessa cabeça, e desse coração que eu tô demorando pra achar, eu ainda não me dei o direito de escrever um texto em dedicação total, por que eu não posso, por que eu não devo, mas tá apertando tanto aqui dentro que, eu deixei escapar sem querer aqui fora, me entende? Vem me abraçar AGORA! O que tu tem? Por que não vem? Eu posso não ser a tal dos teus sonhos, mas eu sou boa, eu juro, eu prometo, eu também sei sofrer. Eu já sofri poxa e cometer os mesmos erros seria burrice com uma pessoa tão boa quanto você.

Me tira desse escuro, me deixa saber que sou importantíssima na tua vida e que se eu sumisse você também pensaria em mim, me deixa te cuidar e estar do teu lado, por que ta difícil sem poder falar, e até mesmo se eu resolver sorrir vem a vergonha e me deixa vermelha, e ter controle das palavras e das ações, por que eu nunca fui de ter paciência, mas aqui dentro, bem do ladinho esquerdo tá valendo a pena. Eu posso te deixar ir embora, mas eu nem sei se você tá por aqui mesmo, eu posso aceitar qualquer maneira, mas diz que qualquer brilho no meu olho não é pura ilusão. Ou então, eu prefiro que você vá embora e deixe claro que era coisa da minha cabecinha que sonha - e sonha muito, e me diga que jamais imaginou o que eu imagino, e me trata mal, eu te peço que, se for embora me trate muito mal, por que as coisas são assim. Mas se quiser ficar, eu vou entender melhor do que qualquer garota entenderia, e eu prometo sorrir bagunçado e jogar meu cabelo na tua cara e te fazer sorrir muito, e não te deixar cair jamais.

Agora olha, olha pra mim... se não puder olhar, então imagina. Eu também tenho medo, tá? Eu também já cai muito, eu sofri muito, e eu sei que você sabe, e eu vou te esperar, mas será? Vou te contar uma coisa: eu queria muito muito muito um abraço seu agora, muito mais do que um beijo até por que, eu quero ser sua amiga também e te permitir dividir comigo teus outros medos e teus outros segredos, e te tratar melhor do ninguém nunca te tratou, por que eu sou assim, eu brinco, eu tenho ciúmes por trás, eu sou menina, eu sou bebê, eu sou amiga, eu sou parceira, eu sou dengosa, e amo abraços.

Você pode ser inconstante, inseguro, pensar muito, pensar pouco, saber o que quer, e discutir muito bem, ser um fofo, um carinhoso, e sempre estar aqui quando eu preciso, e eu também aceito que você vá para acumular assuntos, mas volte para que possamos colocá-los em dia, eu também aceito que você vá para acumular histórias, mas volte se um dia você quiser acumular alguma comigo, eu aceito que você vá para ver tudo diferente, mas se quiser, volte para que possamos ver algum dia as mesmas coisas.

Eu estarei sempre, sempre aqui e não é besteira não garoto, boa noite.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tempo, tempo, tempo.



Contar as estrelas seria muito mais fácil do que desvendar tudo o que há dentro desse coração, creio eu que, todas as gostas do mar e toda a imensidão do céu não seriam nada ao lado de tanto segredo e tanta dúvida que guardo bem aqui dentro, sem saber pra onde sair desse labirinto que, mesmo sabendo exatamente onde é a saída, eu prefiro cruzar e tentar os mais diversos caminhos. E foi assim desde sempre, e é assim até hoje. Não é tão fácil como roubar doce de criança, e dói muito mais do que parto normal, mesmo não sabendo absolutamente nada sobre essa dor, imaginação solta, assim como quando a cabeça passa em você e eu não posso nem exitar em que te contar.

E dói, dói mais que cortar o dedo fingir ser aquilo que não se é, fingir tentar gostar pra tirar da cabeça aquilo que martela no coração, são ideias pregadas, objetivos que eu não sei quais serão as conclusões mas, tudo parece valer a pena. Todos aqueles três anos no qual eu - eu mesma - fui a vilã de uma história, quase uma novela, como se eu tivesse que encorporar um personagem a cada briga, a casa crise de ciúmes e a cada beijo que eu sabia que não me levariam a lugar nenhum. Eu já não sabia o que era conhecer o céu, nem o que era o coração pulsar, mas é muito mais tranquilo quando as coisas se acomodam e parece que está dando certo, até ele chegar. Até eu te ver, e toda, TODAAAAAA vez meu coração pulsar, e te ter como amigo, juro pra mim não mais que isso, e te achar lindo tanto por fora, quanto por dentro, mas saber com um nó na garganta e com um laço no coração que em momento algum você imagina ser meu, em sermos nós, por que É IMPOSSÍVEL. Por razões óbvias, por mundos óbvios, jamais seríamos aquilo que imaginei por tanto tempo sozinha.

E te dar um milhão de bebida para que você possa conseguir me beijar, te ter no escuro e mentir no claro, pegar na mão, abraçar, te amassar devagar, te querer por muito e te possuir escondida, com todo o ar da graça que você tinha quando chegava de mansinho, e logo no dia seguinte sorria de modo engraçado, como se gostasse de tudo e não ousasse nada. Abusasse do calor, do fogo, de tudo e depois jogava fora como papel que não se recicla, como dor que não acaba, como mundo que não vê outros dias e logo saí de fininho. Gostar por tanto tempo, desejar por tantas horas, planejar o INFINITO pra tentar desvendar essa tua cabeça que é um tsunami de versões que ninguém conhece e eu acabo me vendo no espelho, afinal. Saber que você é meu, mesmo não sendo e rezar para que toda vez que eu pudesse te ver, também pudesse te tocar.

Não é por mal, mas admito quase ter morrido quando te vi com ela, por razões que eu e você conhecemos muito bem pois, durante a noite você prometia ser meu, durante o dia eu já não sabia... e me imagina, não é fácil batalhar sozinha, não é fácil esconder que tua vida é outra, que teus sentimentos pulsam pela pessoa errada, e de maneira errada. Ninguém tem noção de quanto certas pessoas batalham para que, exista um tempo para tudo dar certo, E NADA é capaz de dar. Você foi embora sem tem por que nem pra quê, e eu aceitei. Logo que, o incrível e absurdo não é isso, a magia aconteceu depois que eu descobri que nenhum caminho meu estava totalmente perdido sem voce - ao contrário - achei alguém que me visse mesmo de longe e tão impossivel de ter tanto quanto você, mas que fez meu coração pulsar muito mais que qualquer um ja foi capaz de fazer. Alguém que foi capaz de me trazer segurança, mas que eu não podia falar isso, falar sobre é totalmente proibido na minha linguagem, será que só eu tenho segredos desse tipo? Pode ser que isso não seja normal, mas agora mais do que qualquer coisa, eu quero ele, mesmo sabendo que nem passa pela cabeça que um dia podemos ter alguma coisa, viver de suspeitas e dúvida sempre foi o meu caminho, querer e não ter é quase a minha filosofia de vida, e ver todas as mensagens que ele mandava me fazendo congelar, arrepiar e abrir vendo respostas mais curtas que a probabilidade de darmos certo, se não quer, não chega perto, não olha no olho, não sorri de canto, não peça minha companhia sempre. Não me faça sentir especial, sendo que não sou tudo aquilo que quero ser, te espero aqui pra sempre caso for necessário, mas prometa, prometa do fundo do coração não me odiar caso suspeitar disso, seja mais doce, mais leal e mais companheiro quando eu falo com você, responda as mensagens como se eu fosse alguém que você quisesse pra vida toda, eu te quero a vida toda, eu juro.

Venha para ficar mais um pouco, eu sei que você não bebe, você não fuma, mas divida histórias comigo, divida sentimento, divida vitórias, eu estou aqui, eu quero estar aqui, mas você não sabe, e eu não quero que você saiba, eu não quero ter que te ver indo embora, sem que eu possa fazer alguma coisa, não me deixa sofrer, me fala que eu sou tudo que você sempre quis, e que eu posso ser sua um dia. Por trás de cada noite mal dormida, ou de cada sonho bom, eu vejo você. Agora, promete ficar mais um pouquinho? *-*


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

One love;


Eu não queria esperar por você como alguém que espera o ônibus em um horário de domingo, mas boba como sou aceito esperar tua alma, mesmo em horário de feriado, mesmo que não exista ônibus ou meio de transporte qualquer que me leve até você - que me traga nós. Nenhuma forma tão inesperada de conhecer alguém me assustaria tanto quanto como conheci você, não importando a música, a hora, a forma como você andava, de onde vinha ou muito menos pra onde iria, você simplesmente iria - e se viesse para perto de mim seria a maneira perfeita de ir e vir. E você veio na velocidade constante da luz, e admito aqui baixinho e com muita dor no peito, mas muita mesma que se foi com a mesma intensidade. Foi-se de corpo, mas ficou em pensamento, perturbando todas as noites em que eu não consegui dormir, em que eu optei dizer que você não prestava, e do mesmo jeito achar você completamente perfeito aqui - do meu lado, aqui mesmo, no coração.

Eu não sei por que você veio, até por que não pediu permissão e mesmo assim me mostrou que, nenhum garoto mesmo sendo MELHOR QUE VOCÊ, não bastava pra mim. Nem os olhos, nem as frases que você forma em poucos minutos, nem aquele olhar meio por baixo, nem o teu riso inesperado. Te digo que não quero que volte, mas também não posso te ver de longe, te querer de longe, te poder de longe, sem ninguém saber. E desabar de vez em quando - e mentindo ser raramente - e invejar qualquer menina que te pode, que te toca e que te tem, mesmo com o teu pensamento todo em mim, como sempre, como de costume, como você sabe bem. E me conhece melhor que ex-namorados meus, e mexe comigo mais do que qualquer tsunami mexeria, e revira esse coração cheio de proteção que se doa a qualquer 'oi' que você insiste em dar mês em mês, raramente em quinzenas.

Quero poder aparecer na tua porta sem convite e sem hora pra ir embora, sem planos para o almoço, sem compromisso, e mesmo assim ainda garantir que tenho tudo aquilo que ninguém nunca teve, me sentir confiante ao invés de ser tão imprudente em relação à qualquer coisa me dirija à você. Me sentir quente, ser quente, vestir teu moletom sem precisar fingir que sou única, mesmo sabendo que sou mesmo e te olho com orgulho, por que não quero me deixar vencer pelo brilho no olho, muito menos por esse teu cabelo bagunçado. Mexe comigo, rabisca minha vida, desvia-me para os labirintos mais difíceis e aparece depois com um riso irônico para me mostrar que, era tão fácil sair dali, quanto é tão fácil você me ganhar. Me diz, pra quê? Se tudo é tão simples, por que não vem E FICA. Se te tenho baixinho, por que não posso gritar? Se meu coração pulsa, por que você não sente? Se tudo é tão simples, por que diabos você - você mesmo - complica, e complica muito.

Se não for pra ser de alma não me olha nos olhos, se não quer entrar de corpo todo não molha os pés, às vezes se vale mais a pena enfrentar a situação quando a água está fria demais, do que quente. Prefiro criar hipérboles do que metáforas, e piscar meus olhos um trilhão de vezes toda vez que te vejo atravessar a rua e ouvir as borboletas morrendo devagar no meu estomago. Tão trágico e encantador quanto a história que eu ainda espero vir de você, por que eu estou pronta. Vem garoto, assim como qualquer parceira, qualquer amiga de verdade, estou te esperando perto da linha de chegada, pra vencer, pra ficar e não esperar nenhum troféu em troca, a não ser teu coração, que de leve, bem de leve - é meu.