sábado, 17 de setembro de 2011

Ciumenta;



Faço beiço, não admito mentiras, fico bravíssima e não acredito em nenhuma palavra dita nos próximos 5 minutos, e nego de pé junto que tudo isso é amor. Não admito que digam que estou errada ou que tudo isso é um exagero, odeio que me papariquem nessas horas e que soltem risadinhas debochadas. Suponho lá dentro, no subconsciente que estou realmente errada e que preciso primeiramente de amor próprio para depois adquirir um ciúmes banal que desgasta aos poucos a relação desgastada.

Pego o celular, leio absolutamente TODAS as mensagens - da caixa de entrada até mesmo os rascunhos - checo os números na agenda, e vasculho para ver se as minhas fotos ainda se encontram na pasta de 'imagens', lá estão. Com ele, sem ele, e fazendo careta! Vou até a biblioteca e noto que todas nossas músicas estão selecionadas, quase nas mais ouvidas, e abro um sorriso! Ao olhar pro lado, vejo-o despreocupado, com o olho fechado e me chamando para chegar mais perto e dormir abraçado. Peço explicação pelas mensagens, o por que das minhas fotos ainda estarem ali e das nossas músicas e recebo apenas um resmungo de: 'deixa de ser bobinha e vem pra cá...'

A cabeça entra em parafuso, os pensamentos são soldados na minha mente e meu coração pulsa, me aconchego ali, e aparento dormir por horas e horas enquanto se passaram apenas 15 minutos, traz-me a tranquilidade de que eu mesma havia buscado em qualquer lugar, e com um simples gesto me faz abrir um sorriso de ponta - a - ponta do rosto, o que faz também meus olhos brilharem como diamante ao sol. Investigo todos os vestígios do mesmo me esquecer daqui duas horas ou brigarmos e ficarmos mais de uma semana sem ao menos falar um 'oi'. Fecho os olhos e fico certa de que o futuro é o fato menos importante agora, de que o depois eu consigo dar um jeito e que do ciúmes ele é o único que consegue lidar sem me deixar mal.

Insegura, faço-o abrir os olhos e me prometer que não há nada demais em nada, e que ele é somente MEU, nos próximos 100 anos. Faço- o cócegas, falo como criança, faço questão de sonhar com o futuro junto com ele e dar nomes aos nossos filhos imaginários e imaginar com quais características os mesmos irão sair. Faço de todas nossas ideias as maiores provas de amor que já recebi, as cartas penduradas na parede do quarto, os presentes guardados e todos sinais da tua presença, sempre na minha vista, para te ter comigo até quando as brigas são frequentes!

Deito e levanto, levanto e deito como criança quando ganha um presente e o faço levantar e deitar comigo, e ainda conto piadas sem graça, imito vozes e crio novas línguas tudo para deixar o clima ainda mais harmônico e fofo. Me esforço aos montes para fazer com que as coisas fiquem bem, mas também faço de tudo para que as coisas fiquem péssimas, admito que aquela carinha e aquele jeito meio malandro sabe lidar com o meu Pior, da Melhor maneira possível e isso me assusta. Havia momentos em que o ciúmes causava em mim choradeiras de horas, sono, cansaço e raiva, muita raiva. Com o tempo, depois de tantas promessas e provas de amor contadas ao pé de ouvido, aprendi que apenas um bico e uma franzida de testa basta, para um paparico e um abraço confortável, uma cara de desgosto basta para que ele te convide pra chegar mais perto e te diga que não há mais ninguém em que ele faça questão de ter por perto, de que ele sente falta daquela soneca no meio da tarde e aquelas noites bem frias em que um cobertor e você (ou melhor, eu) já bastavam.

A insegurança me amarra em uma ponta e para desamarrar eu leio e releio todas as cartas, uso teu moletom, tuas meias, vejo nossas fotos e lembro que mesmo com as piores tempestades, a minha foto, o meu cheiro, o meu jeito ou qualquer vestígio de mim, estarão guardados em ti, nesse teu ciúmes escondido, nesse teu orgulho maior que tudo, nesse teu pensamento fechado e nesse teu sentimento que é capaz de mover qualquer montanha. (eu te amo, bem baixinho) hihi <3

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