segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

One love;


Eu não queria esperar por você como alguém que espera o ônibus em um horário de domingo, mas boba como sou aceito esperar tua alma, mesmo em horário de feriado, mesmo que não exista ônibus ou meio de transporte qualquer que me leve até você - que me traga nós. Nenhuma forma tão inesperada de conhecer alguém me assustaria tanto quanto como conheci você, não importando a música, a hora, a forma como você andava, de onde vinha ou muito menos pra onde iria, você simplesmente iria - e se viesse para perto de mim seria a maneira perfeita de ir e vir. E você veio na velocidade constante da luz, e admito aqui baixinho e com muita dor no peito, mas muita mesma que se foi com a mesma intensidade. Foi-se de corpo, mas ficou em pensamento, perturbando todas as noites em que eu não consegui dormir, em que eu optei dizer que você não prestava, e do mesmo jeito achar você completamente perfeito aqui - do meu lado, aqui mesmo, no coração.

Eu não sei por que você veio, até por que não pediu permissão e mesmo assim me mostrou que, nenhum garoto mesmo sendo MELHOR QUE VOCÊ, não bastava pra mim. Nem os olhos, nem as frases que você forma em poucos minutos, nem aquele olhar meio por baixo, nem o teu riso inesperado. Te digo que não quero que volte, mas também não posso te ver de longe, te querer de longe, te poder de longe, sem ninguém saber. E desabar de vez em quando - e mentindo ser raramente - e invejar qualquer menina que te pode, que te toca e que te tem, mesmo com o teu pensamento todo em mim, como sempre, como de costume, como você sabe bem. E me conhece melhor que ex-namorados meus, e mexe comigo mais do que qualquer tsunami mexeria, e revira esse coração cheio de proteção que se doa a qualquer 'oi' que você insiste em dar mês em mês, raramente em quinzenas.

Quero poder aparecer na tua porta sem convite e sem hora pra ir embora, sem planos para o almoço, sem compromisso, e mesmo assim ainda garantir que tenho tudo aquilo que ninguém nunca teve, me sentir confiante ao invés de ser tão imprudente em relação à qualquer coisa me dirija à você. Me sentir quente, ser quente, vestir teu moletom sem precisar fingir que sou única, mesmo sabendo que sou mesmo e te olho com orgulho, por que não quero me deixar vencer pelo brilho no olho, muito menos por esse teu cabelo bagunçado. Mexe comigo, rabisca minha vida, desvia-me para os labirintos mais difíceis e aparece depois com um riso irônico para me mostrar que, era tão fácil sair dali, quanto é tão fácil você me ganhar. Me diz, pra quê? Se tudo é tão simples, por que não vem E FICA. Se te tenho baixinho, por que não posso gritar? Se meu coração pulsa, por que você não sente? Se tudo é tão simples, por que diabos você - você mesmo - complica, e complica muito.

Se não for pra ser de alma não me olha nos olhos, se não quer entrar de corpo todo não molha os pés, às vezes se vale mais a pena enfrentar a situação quando a água está fria demais, do que quente. Prefiro criar hipérboles do que metáforas, e piscar meus olhos um trilhão de vezes toda vez que te vejo atravessar a rua e ouvir as borboletas morrendo devagar no meu estomago. Tão trágico e encantador quanto a história que eu ainda espero vir de você, por que eu estou pronta. Vem garoto, assim como qualquer parceira, qualquer amiga de verdade, estou te esperando perto da linha de chegada, pra vencer, pra ficar e não esperar nenhum troféu em troca, a não ser teu coração, que de leve, bem de leve - é meu.

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